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30.11.03Ansiedade calórica![]() Se eu contar tudo o que comi entre sexta-feira e hoje, devo ter acumulado umas 8 mil calorias, pelo menos. É que o meu estômago está diretamente ligado ao sistema nervoso central e qualquer alteração no humor já é motivo para devorar um leão ou então viver de vento. Ontem à noite, por exemplo, comi mais ou menos umas 20 azeitonas (sem exagero) enquanto tentava me distrair com Celebridade, depois de ter jantado vários pães de queijo com direito a gelatina de sobremesa. Um pouco antes de dormir, misturei Corn Flakes com iogurte de coco e mandei ver. Isso tudo em menos de 3 horas e meia. Hoje foi mais ou menos a mesma coisa. E o pior é que eu vou comendo comendo comento tudo que aparece na minha frente sem perceber e sem nem sentir o gosto. É automático. Só me dou conta dos exageros quando começo a sentir o estômago pesado. Agora eu fico com a consciência pesada, morrendo de medo de não entrar mais nas minhas calças, mas, ainda assim, pensando no que eu vou comer daqui a pouco. Preciso de um tratamento antes que eu exploda, igual àquela gorda da novela. 27.11.03Enquete
Uma pessoa que leva o telefone sem fio da cozinha na bolsa e deixa o celular pra carregar na base é normal?
26.11.03Contagem regressiva![]() Antigamente eu costumava ficar ansiosa nessa época por causa do Natal — na verdade, mais pelo presente do que pela data em si. Algum tempo passou e as coisas mudaram, as matérias na escola começaram a complicar e eu ficava ansiosa por causa das provas finais e da recuperação de Física. Foi mais ou menos nesse contexto que apareceram as minhas dores de estômago. No terceiro colegial, além dos exames e afins, ainda teve a pressão do Vestibular pra tomar minhas noites de sono tranqüilo. Veio a faculdade e os problemas com notas eram resolvidos mais facilmente através dos inúmeros trabalhos. Então, por 3 anos eu esperei pela viagem à Garopaba-SC, que vinha logo após as festas. Hoje, eu não durmo direito e meu estômago grita por causa da banca do meu TCC, que está marcada para a próxima terça-feira. Não adianta eu tentar fingir que eu estou tranqüila porque não é verdade. Não adianta eu dizer que sei que meu trabalho está bom e que eu sei tudo o que foi feito porque fui eu que pensei em cada detalhe. Porque, à medida em que o tempo passa e o dia vai chegando, eu fico mais e mais apreensiva. Minha mãe cuidou do meu estômago e agora arranjou uns florais pra me acalmar e me deixar mais confiante. Meus avós repetem, todos os dias, que eu vou arrasar e que vai dar tudo certo. Minha tia diz estar rezando o tempo inteiro pra que corra tudo bem. Até o pessoal da minha sala elogia o trabalho e diz que a banca nem é um monstro de sete cabeças que vai me devorar. Mas mesmo assim não tem jeito, não. Vai batendo a insegurança, aparece uma sensação estranha de que eu não fiz tudo o que podia ter feito... e sim, eu tenho medo de decepcionar todas essas pessoas que acreditam tanto em mim. 25.11.03Tum tum tum...
Uma das coisas que eu gosto nos dias quentes é quando o meu sangue dilata e faz meu coração bater bem forte. Aí eu consigo sentir direitinho os pulos que ele dá aqui dentro do meu peito. Sensação boa. Engana bem... parece até aquela taquicardia gostosinha que dá quando você vê *a* pessoa.
24.11.03Ah, as pequenas coisas...![]() O dia acordou com cara de terça, apesar desse tempo que não sabe se chove ou se abre sol. Assim meio indeciso, como eu. É que são tantos os caminhos pra escolher que fico mesmo confusa. E o tempo não pára, nem dá tempo de pensar muito. Ele vôa, a gente nem percebe. Remexendo numas fotos pra colocar no fotolog eu descobri como esses anos passaram rápido e também como tenho histórias pra contar — acho até que vou ser uma velhinha muito conversadeira, ao contrário da criança quieta e observadora que eu fui. Deve ser por isso que eu escrevo escrevo escrevo, pra ajudar a memória a guardar tudo, antes que o tempo esconda. O tempo, de novo ele. Que só me deixou terminar de ler o livro da Paula nesse findie, em que eu fiquei de molho por causa das reclamações do meu estômago. E é engraçado me ver nas palavras dos outros... Outros porque também teve releitura do Além das Portas. Mas foi bom ficar em casa, me fez parar pra pensar. E ainda deu pra dormir e pra ficar de bem comigo mesma. Porque as melhores coisas da vida são as pequenininhas, aquelas que a gente nem dá atenção e que só sente falta quando não tem mais. Aliás, é exatamente isso que diz o filme que a MJ me indicou e que eu amei: Tempo de Despertar. Lindo, profundo. Bom pra fechar o domingo com chave de ouro, mesmo que sobre um pouquinho de inquietação e de perguntas rondando a minha cabeça. Porque eu sinto as coisas de longe, sou meio bruxinha de vez em quando. E eu sei que as pessoas vão e vem e que não sou só eu que lembro e que sinto falta delas em certos momentos. Eu só acho que não estou preparada. Ainda. Mas isso passa, ah! se passa. 23.11.03Porque eu também sou Lisbela![]() Eu quero a sina do artista de cinema Eu quero a cena Onde eu possa brilhar Um brilho intenso, Um desejo, Eu quero o beijo, Um beijo imenso Onde eu possa me afogar. Eu quero ser o matador das cinco estrelas Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão A Patativa do Norte, Eu quero a sorte Eu quero a sorte do chofer de caminhão; Pra me danar por essa estrada, mundo afora Ir embora, Sem sair do meu lugar. Ser o primeiro, ser um rei, eu quero um sonho Moça-donzela, mulher-dama, ilusão, Na minha vida tudo vira brincadeira, A matinê verdadeira, Domingo e televisão. Eu quero um beijo de cinema americano Fechar os olhos, fugir do perigo Matar bandido e prender ladrão. A minha vida vai virar novela. Eu quero amor Eu quero amar Eu quero o amor de Lisbela Eu quero o mar e o sertão. 22.11.03Welcome back, Alice!![]() Gosto dessa música porque ela sabe de mim: she'll let you deep inside but there's a secret garden she hides. É que acho que nem eu mesma conseguiria contar tudo que se passa aqui dentro se quisesse. Pra falar a verdade, não sei se quero, então nem tento. Aí eu escondo um jardimzão enorme atrás dessas paredes onde eu me escondo. E vou vivendo assim, num faz de conta. E tem dias em que eu acordo com vontade imensa de poder viver dentro de um livro. Pra viver histórias legais, com aquelas tramas bem feitinhas, com emoções fortes e os finais sempre felizes. Aí, quando eu cansasse, era só fechar o livro e escolher outro na prateleira pra começar tudo de novo. Simples assim. Mas, como nem tudo é do jeito que a gente sonha, eu fico aqui. Fico curtindo essa minha dor de estômago que não quer me largar de jeito nenhum. É que eu passo muito tempo sem comer nada. Então, fico morrendo de fome e quando como, exagero. Não tem estômago que agüente isso. E o meu reclama reclama reclama. Eu finjo que nem é comigo. E também aproveito pra fingir que os meus planos todos vão se realizar daqui a pouco, num piscar de olhos. Assim tipo Jeanne é um gênio. Porque é incrível como eu consigo voar a partir de uma possíbilidade mínima quando começo a pensar no ano que vem. Vou pensando, pensando e só percebo quando já estou assistindo às cenas dos próximos capítulos da minha vida. A cada hora estou num canto, fazendo uma coisa diferente e vivendo uma aventura. Queria que realmente fosse assim, sabe? Desejar agora e dali a pouco estar tudo do jeitinho que eu imaginei, tudo dando certo igual a último capítulo de novela. É por isso que eu digo que sou Alice. O que acontece é que ela tira umas férias de mim de vez em quando — nem ela consegue ficar muito tempo por perto. Mas sempre volta. Sempre volta e me deixa assim, upside down e com os pensamentos todos fora do lugar. Preciso é fazer uma faxina nesse meu país das maravilhas. 21.11.03Pedaços de mim![]() ![]() Uma parte da minha calça jeans larga e molinha, meu all star preto tamanho 34 apoiado na minha cama e o quadro que eu pintei em 99 (é um fragmento do quadro de Paul Klee que eu mais adoro). 20.11.03Palavras mágicas
Porque será que essas palavrinhas que eu digito no word não fazem as pazes e se harmonizam num lindo e belo release?
Nome ruim pra cachorro!![]() Meu pai ganhou uma cachorrinha que consegue ser quase do tamanho da minha mão (que é beeem pequenininha). Ela é linda, linda, linda, toda branquinha e ainda não se equilibra direito em cima das patas. Já que cada um chamava de um jeito, eu dei o nome de Nina — em homenagem à Persson, dos Cardigans. Meu pai disse que tudo bem, mas depois mudou de idéia. Minha mãe não gostou muito porque queria que ela se chamasse Milka ou um outro nome esquisito que eu nem lembro. Aí veio minha irmã e disse que Nina era feio e agora estão fazendo uma eleição com os piores nomes de cachorro (ou não) que eu já vi. Coitadinha... 19.11.03Na copa da árvore![]() Sempre imaginei minha vida como se fosse uma árvore. E, até onde me lembro, a copa da árvore era o ponto máximo que eu alcançava, com minha imaginação e meus planos. Na minha analogia, eu estava começando a escalar o tronco, dali a algum tempo me penduraria nos galhos e só chegaria à copa da árvore quando estivesse terminando a faculdade. Aí, finalmente, poderia enxergar o céu de perto. Cheguei ao topo da árvore, tenho só algumas folhinhas ainda atrapalhando a minha visão e não sei pra onde ir. O problema é que nunca parei pra pensar em como seria depois da faculdade. Era uma coisa tãããão distante que eu nem me atrevia a ultrapassar esse ponto. Estou me sentindo encurralada. Medo de abrir as asas e voar. Medo de olhar pra baixo e cair. É por isso que está me dando essa agonia, essa vontade de fugir da pressão que eu sinto cada vez que alguém chega e pergunta: "e agora?". Não sei. Sinceramente não sei o que eu faço agora. E é isso o que mais me assusta. 18.11.03Surto![]() É inexplicável essa vontade e-n-o-r-m-e que me deu agora de sumir. Sei lá de onde vem essa loucura que me faz querer sair correndo daqui, sem destino certo e sem deixar pistas para me encontrarem. Acho que estou precisando de uma aventura, daquelas dignas de filme. E de uma companhia. Misunderstanding girl![]() Odeio mal-entendidos. Mas parece que eles me amam. Me perseguem. A cada passo que eu dou, a cada palavra que sai da minha boca ou que eu escrevo, lá está alguém entendendo completamente errado o que eu quis dizer e pronto!, lá vem mais uma confusão. Pior é que eu acho sempre que a culpa é minha. Será que esses quase quatro anos de Comunicação não foram suficientes para que eu aprendesse a me comunicar direito? 17.11.03Encontrando a salvação![]() Sábado eu fui ao primeiro casamento evangélico da minha vida. Era uma igreja pequenininha, completamente diferente do que eu imaginava, com bancos parecidos com os das igrejas católicas. Ao invés da Marcha Nupcial ou da Ave Maria de Gounod, um menino e uma menina cantavam músicas (gospel, eu acho) bem animadinhas e, na hora da noiva entrar, foi a vez de uma versão de From this moment, da Shania Twain. Achei diferente, mas foi bonito. A cerimônia é um pouco cansativa porque a cada ponto final do texto que era lido lá na frente, o moço dizia um "Deus seja louvado" e teve uma hora em que todos começaram a fazer bênçãos e falar ao mesmo tempo e eu não consegui entender nada. Mas o que eu não gostei mesmo foi quando o pastor (não sei se é esse o título) falou que a esposa tem de ser submissa ao marido, e que tem o dever de obedecê-lo e serví-lo e todo aquele discurso machista de que o homem é o provedor da família e a mulher é a responsável pelo bem-estar do esposo e pela manutenção da casa. Como eu estava num dos primeiros bancos da igrejinha (fora meus cabelos e unhas vermelhos para chamar atenção no meio daquelas mulheres que não usam nem batom), tenho certeza de que o homem percebeu a minha expressão de "até parece" quando falou essas coisas — eu respeito todas as religiões, mas não consigo aceitar que em pleno século 21 ainda exista quem siga isso. E ele deve ter ficado preocupado comigo, porque depois da pregação (ou culto ou sei lá como é o nome que eles dão), veio puxar assunto, assim do nada. Disse que nunca tinha me visto ali (pelo que pude perceber os outros convidados todos freqüentavam aquela igreja), mas tinha percebido meu interesse pelas palavras dele (aham) e me convidou para ir lá para conversar quando quisesse. Acho que, na verdade, pela cara do homem, ele deve ter pensado que eu preciso ser "salva" urgentemente do mau caminho. Mal sabe ele que saí de lá direto pra baladinha... Se arrependimento matasse...
Não devia ter saído ontem por diversos motivos. Mas o principal deles é que odeio gente inconveniente. E isso não é recadinho, porque quando quero eu falo mesmo, diretamente.
16.11.03Renascimento![]() Virei a página. Finalmente. Libertei meus CDs que tinha escondido de mim mesma por causa das lembranças e dos sentimentos ruins que chegavam junto delas. A maior prova de que me curei disso é que estou ouvindo Maná e continuo bem, sem aquele chororô que me atacava toda vez que as palavras iam entrando pelos meus ouvidos. Liguei ontem pra dar os parabéns e não senti nada além de uma vontade de poder estar mais perto para dar um abraço com carinho, que foi o que ficou de tudo o que eu sentia. O coração não palpitou, as mãos não tremeram, os joelhos não bambearam, não precisei escrever um roteirinho pra conseguir manter a conversa. É, coisas que só o tempo mesmo consegue resolver. Então resolvi levar minha frente-única com decotão pra passear. E foi uma noite ótima, cheia de gargalhadas, de amigos e bebidinhas pegando fogo pra esquentar. Dancei muito muito e descobri que aqui existe um lugar que toca musiquinhas boas como The Cure, na pista, e Eric Clapton, na lounge. Me diverti como há muito tempo não conseguia. E agora eu quero mais é me desvencilhar desses laços que me prendem ao passado, olhar pra frente e viver. Cansei de ficar escondida atrás dos meus medos. 15.11.03Final feliz
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.Info: .icq: 83585604 .orkut | multiply .fotolog | jotelog .wishlist "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." [Clarice Lispector]
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