30.11.03

Ansiedade calórica 

Coldplay — Yellow

Se eu contar tudo o que comi entre sexta-feira e hoje, devo ter acumulado umas 8 mil calorias, pelo menos. É que o meu estômago está diretamente ligado ao sistema nervoso central e qualquer alteração no humor já é motivo para devorar um leão ou então viver de vento. Ontem à noite, por exemplo, comi mais ou menos umas 20 azeitonas (sem exagero) enquanto tentava me distrair com Celebridade, depois de ter jantado vários pães de queijo com direito a gelatina de sobremesa. Um pouco antes de dormir, misturei Corn Flakes com iogurte de coco e mandei ver. Isso tudo em menos de 3 horas e meia. Hoje foi mais ou menos a mesma coisa. E o pior é que eu vou comendo comendo comento tudo que aparece na minha frente sem perceber e sem nem sentir o gosto. É automático. Só me dou conta dos exageros quando começo a sentir o estômago pesado. Agora eu fico com a consciência pesada, morrendo de medo de não entrar mais nas minhas calças, mas, ainda assim, pensando no que eu vou comer daqui a pouco. Preciso de um tratamento antes que eu exploda, igual àquela gorda da novela.


27.11.03

Enquete 

Uma pessoa que leva o telefone sem fio da cozinha na bolsa e deixa o celular pra carregar na base é normal?


26.11.03

Contagem regressiva 

Matchbox 20 — Damn

Antigamente eu costumava ficar ansiosa nessa época por causa do Natal — na verdade, mais pelo presente do que pela data em si. Algum tempo passou e as coisas mudaram, as matérias na escola começaram a complicar e eu ficava ansiosa por causa das provas finais e da recuperação de Física. Foi mais ou menos nesse contexto que apareceram as minhas dores de estômago. No terceiro colegial, além dos exames e afins, ainda teve a pressão do Vestibular pra tomar minhas noites de sono tranqüilo. Veio a faculdade e os problemas com notas eram resolvidos mais facilmente através dos inúmeros trabalhos. Então, por 3 anos eu esperei pela viagem à Garopaba-SC, que vinha logo após as festas. Hoje, eu não durmo direito e meu estômago grita por causa da banca do meu TCC, que está marcada para a próxima terça-feira. Não adianta eu tentar fingir que eu estou tranqüila porque não é verdade. Não adianta eu dizer que sei que meu trabalho está bom e que eu sei tudo o que foi feito porque fui eu que pensei em cada detalhe. Porque, à medida em que o tempo passa e o dia vai chegando, eu fico mais e mais apreensiva. Minha mãe cuidou do meu estômago e agora arranjou uns florais pra me acalmar e me deixar mais confiante. Meus avós repetem, todos os dias, que eu vou arrasar e que vai dar tudo certo. Minha tia diz estar rezando o tempo inteiro pra que corra tudo bem. Até o pessoal da minha sala elogia o trabalho e diz que a banca nem é um monstro de sete cabeças que vai me devorar. Mas mesmo assim não tem jeito, não. Vai batendo a insegurança, aparece uma sensação estranha de que eu não fiz tudo o que podia ter feito... e sim, eu tenho medo de decepcionar todas essas pessoas que acreditam tanto em mim.


25.11.03

Tum tum tum... 

Uma das coisas que eu gosto nos dias quentes é quando o meu sangue dilata e faz meu coração bater bem forte. Aí eu consigo sentir direitinho os pulos que ele dá aqui dentro do meu peito. Sensação boa. Engana bem... parece até aquela taquicardia gostosinha que dá quando você vê *a* pessoa.


24.11.03

Ah, as pequenas coisas... 

Twilight Singers — Umbrella

O dia acordou com cara de terça, apesar desse tempo que não sabe se chove ou se abre sol. Assim meio indeciso, como eu. É que são tantos os caminhos pra escolher que fico mesmo confusa. E o tempo não pára, nem dá tempo de pensar muito. Ele vôa, a gente nem percebe. Remexendo numas fotos pra colocar no fotolog eu descobri como esses anos passaram rápido e também como tenho histórias pra contar — acho até que vou ser uma velhinha muito conversadeira, ao contrário da criança quieta e observadora que eu fui. Deve ser por isso que eu escrevo escrevo escrevo, pra ajudar a memória a guardar tudo, antes que o tempo esconda. O tempo, de novo ele. Que só me deixou terminar de ler o livro da Paula nesse findie, em que eu fiquei de molho por causa das reclamações do meu estômago. E é engraçado me ver nas palavras dos outros... Outros porque também teve releitura do Além das Portas. Mas foi bom ficar em casa, me fez parar pra pensar. E ainda deu pra dormir e pra ficar de bem comigo mesma. Porque as melhores coisas da vida são as pequenininhas, aquelas que a gente nem dá atenção e que só sente falta quando não tem mais. Aliás, é exatamente isso que diz o filme que a MJ me indicou e que eu amei: Tempo de Despertar. Lindo, profundo. Bom pra fechar o domingo com chave de ouro, mesmo que sobre um pouquinho de inquietação e de perguntas rondando a minha cabeça. Porque eu sinto as coisas de longe, sou meio bruxinha de vez em quando. E eu sei que as pessoas vão e vem e que não sou só eu que lembro e que sinto falta delas em certos momentos. Eu só acho que não estou preparada. Ainda. Mas isso passa, ah! se passa.


23.11.03

Porque eu também sou Lisbela 

Los Hermanos — Lisbela

Eu quero a sina do artista de cinema
Eu quero a cena
Onde eu possa brilhar
Um brilho intenso,
Um desejo,
Eu quero o beijo,
Um beijo imenso
Onde eu possa me afogar.
Eu quero ser o matador das cinco estrelas
Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão
A Patativa do Norte,
Eu quero a sorte
Eu quero a sorte do chofer de caminhão;
Pra me danar por essa estrada, mundo afora
Ir embora,
Sem sair do meu lugar.

Ser o primeiro, ser um rei, eu quero um sonho
Moça-donzela, mulher-dama, ilusão,
Na minha vida tudo vira brincadeira,
A matinê verdadeira,
Domingo e televisão.
Eu quero um beijo de cinema americano
Fechar os olhos, fugir do perigo
Matar bandido e prender ladrão.
A minha vida vai virar novela.

Eu quero amor
Eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela
Eu quero o mar e o sertão.


22.11.03

Welcome back, Alice! 

Bruce Springsteen — Secret Garden

Gosto dessa música porque ela sabe de mim: she'll let you deep inside but there's a secret garden she hides. É que acho que nem eu mesma conseguiria contar tudo que se passa aqui dentro se quisesse. Pra falar a verdade, não sei se quero, então nem tento. Aí eu escondo um jardimzão enorme atrás dessas paredes onde eu me escondo. E vou vivendo assim, num faz de conta. E tem dias em que eu acordo com vontade imensa de poder viver dentro de um livro. Pra viver histórias legais, com aquelas tramas bem feitinhas, com emoções fortes e os finais sempre felizes. Aí, quando eu cansasse, era só fechar o livro e escolher outro na prateleira pra começar tudo de novo. Simples assim. Mas, como nem tudo é do jeito que a gente sonha, eu fico aqui. Fico curtindo essa minha dor de estômago que não quer me largar de jeito nenhum. É que eu passo muito tempo sem comer nada. Então, fico morrendo de fome e quando como, exagero. Não tem estômago que agüente isso. E o meu reclama reclama reclama. Eu finjo que nem é comigo. E também aproveito pra fingir que os meus planos todos vão se realizar daqui a pouco, num piscar de olhos. Assim tipo Jeanne é um gênio. Porque é incrível como eu consigo voar a partir de uma possíbilidade mínima quando começo a pensar no ano que vem. Vou pensando, pensando e só percebo quando já estou assistindo às cenas dos próximos capítulos da minha vida. A cada hora estou num canto, fazendo uma coisa diferente e vivendo uma aventura. Queria que realmente fosse assim, sabe? Desejar agora e dali a pouco estar tudo do jeitinho que eu imaginei, tudo dando certo igual a último capítulo de novela. É por isso que eu digo que sou Alice. O que acontece é que ela tira umas férias de mim de vez em quando — nem ela consegue ficar muito tempo por perto. Mas sempre volta. Sempre volta e me deixa assim, upside down e com os pensamentos todos fora do lugar. Preciso é fazer uma faxina nesse meu país das maravilhas.


21.11.03

Pedaços de mim 

Saybia — The one for you



Uma parte da minha calça jeans larga e molinha, meu all star preto tamanho 34 apoiado na minha cama e o quadro que eu pintei em 99 (é um fragmento do quadro de Paul Klee que eu mais adoro).


20.11.03

Palavras mágicas 

Porque será que essas palavrinhas que eu digito no word não fazem as pazes e se harmonizam num lindo e belo release?


Nome ruim pra cachorro! 

Goo Goo Dolls — All eyes on me

Meu pai ganhou uma cachorrinha que consegue ser quase do tamanho da minha mão (que é beeem pequenininha). Ela é linda, linda, linda, toda branquinha e ainda não se equilibra direito em cima das patas. Já que cada um chamava de um jeito, eu dei o nome de Nina — em homenagem à Persson, dos Cardigans. Meu pai disse que tudo bem, mas depois mudou de idéia. Minha mãe não gostou muito porque queria que ela se chamasse Milka ou um outro nome esquisito que eu nem lembro. Aí veio minha irmã e disse que Nina era feio e agora estão fazendo uma eleição com os piores nomes de cachorro (ou não) que eu já vi. Coitadinha...


19.11.03

Na copa da árvore 

The Stone Roses — Waterfall

Sempre imaginei minha vida como se fosse uma árvore. E, até onde me lembro, a copa da árvore era o ponto máximo que eu alcançava, com minha imaginação e meus planos. Na minha analogia, eu estava começando a escalar o tronco, dali a algum tempo me penduraria nos galhos e só chegaria à copa da árvore quando estivesse terminando a faculdade. Aí, finalmente, poderia enxergar o céu de perto.

Cheguei ao topo da árvore, tenho só algumas folhinhas ainda atrapalhando a minha visão e não sei pra onde ir. O problema é que nunca parei pra pensar em como seria depois da faculdade. Era uma coisa tãããão distante que eu nem me atrevia a ultrapassar esse ponto. Estou me sentindo encurralada. Medo de abrir as asas e voar. Medo de olhar pra baixo e cair.

É por isso que está me dando essa agonia, essa vontade de fugir da pressão que eu sinto cada vez que alguém chega e pergunta: "e agora?". Não sei. Sinceramente não sei o que eu faço agora. E é isso o que mais me assusta.


18.11.03

Surto 

Travis — She's so strange

É inexplicável essa vontade e-n-o-r-m-e que me deu agora de sumir. Sei lá de onde vem essa loucura que me faz querer sair correndo daqui, sem destino certo e sem deixar pistas para me encontrarem.

Acho que estou precisando de uma aventura, daquelas dignas de filme. E de uma companhia.


Misunderstanding girl 

Stone Temple Pilots — Sour girl

Odeio mal-entendidos. Mas parece que eles me amam. Me perseguem. A cada passo que eu dou, a cada palavra que sai da minha boca ou que eu escrevo, lá está alguém entendendo completamente errado o que eu quis dizer e pronto!, lá vem mais uma confusão. Pior é que eu acho sempre que a culpa é minha. Será que esses quase quatro anos de Comunicação não foram suficientes para que eu aprendesse a me comunicar direito?


17.11.03

Encontrando a salvação 

The Cranberries — Salvation

Sábado eu fui ao primeiro casamento evangélico da minha vida. Era uma igreja pequenininha, completamente diferente do que eu imaginava, com bancos parecidos com os das igrejas católicas.

Ao invés da Marcha Nupcial ou da Ave Maria de Gounod, um menino e uma menina cantavam músicas (gospel, eu acho) bem animadinhas e, na hora da noiva entrar, foi a vez de uma versão de From this moment, da Shania Twain. Achei diferente, mas foi bonito.

A cerimônia é um pouco cansativa porque a cada ponto final do texto que era lido lá na frente, o moço dizia um "Deus seja louvado" e teve uma hora em que todos começaram a fazer bênçãos e falar ao mesmo tempo e eu não consegui entender nada. Mas o que eu não gostei mesmo foi quando o pastor (não sei se é esse o título) falou que a esposa tem de ser submissa ao marido, e que tem o dever de obedecê-lo e serví-lo e todo aquele discurso machista de que o homem é o provedor da família e a mulher é a responsável pelo bem-estar do esposo e pela manutenção da casa.

Como eu estava num dos primeiros bancos da igrejinha (fora meus cabelos e unhas vermelhos para chamar atenção no meio daquelas mulheres que não usam nem batom), tenho certeza de que o homem percebeu a minha expressão de "até parece" quando falou essas coisas — eu respeito todas as religiões, mas não consigo aceitar que em pleno século 21 ainda exista quem siga isso. E ele deve ter ficado preocupado comigo, porque depois da pregação (ou culto ou sei lá como é o nome que eles dão), veio puxar assunto, assim do nada. Disse que nunca tinha me visto ali (pelo que pude perceber os outros convidados todos freqüentavam aquela igreja), mas tinha percebido meu interesse pelas palavras dele (aham) e me convidou para ir lá para conversar quando quisesse.

Acho que, na verdade, pela cara do homem, ele deve ter pensado que eu preciso ser "salva" urgentemente do mau caminho. Mal sabe ele que saí de lá direto pra baladinha...


Se arrependimento matasse... 

Não devia ter saído ontem por diversos motivos. Mas o principal deles é que odeio gente inconveniente. E isso não é recadinho, porque quando quero eu falo mesmo, diretamente.


16.11.03

Renascimento 

Maná — Eres mi religion

Virei a página. Finalmente. Libertei meus CDs que tinha escondido de mim mesma por causa das lembranças e dos sentimentos ruins que chegavam junto delas. A maior prova de que me curei disso é que estou ouvindo Maná e continuo bem, sem aquele chororô que me atacava toda vez que as palavras iam entrando pelos meus ouvidos.

Liguei ontem pra dar os parabéns e não senti nada além de uma vontade de poder estar mais perto para dar um abraço com carinho, que foi o que ficou de tudo o que eu sentia. O coração não palpitou, as mãos não tremeram, os joelhos não bambearam, não precisei escrever um roteirinho pra conseguir manter a conversa. É, coisas que só o tempo mesmo consegue resolver.

Então resolvi levar minha frente-única com decotão pra passear. E foi uma noite ótima, cheia de gargalhadas, de amigos e bebidinhas pegando fogo pra esquentar. Dancei muito muito e descobri que aqui existe um lugar que toca musiquinhas boas como The Cure, na pista, e Eric Clapton, na lounge. Me diverti como há muito tempo não conseguia.

E agora eu quero mais é me desvencilhar desses laços que me prendem ao passado, olhar pra frente e viver. Cansei de ficar escondida atrás dos meus medos.


15.11.03

Final feliz
ou Uma história para ser contada daqui duas décadas 

The Strokes — Someday

Carolina olhou-se no espelho pela vigésima oitava vez em menos de uma hora e acabou tirando a blusinha preta para colocar de novo a rosa — a primeira que tinha experimentado. Deu uma última arrumada no cabelo, escolheu seu perfume mais cítrico e bateu a porta.

Desceu as escadas pensando em cada noite que ficou sozinha, trancada no seu apartamento porque Rodrigo não gostava que ela saísse com as amigas se ele não estivesse junto. Tentou lembrar de todas as festas que perdeu por causa dele e as outras em que foram juntos mas acabaram brigando por algum motivo bobo, para não se arrepender de novo e voltar para debaixo das cobertas como fez nas últimas vezes em que decidiu ir se divertir. Finalmente, após um ano e meio de namoro e alguns meses de recolhimento, estava livre. Hoje ela podia aproveitar a noite como bem entendesse, sem peso na consciência, cara feia nem perigo de alguém vê-la e depois ir contar para ele.

Parou em frente à porta do prédio, respirou fundo e saiu — com o pé direito para dar sorte. Como não tinha combinado nada com ninguém, foi à procura de um lugarzinho legal, onde pudesse ouvir algumas músicas de que gostava, beber um pouco e conhecer pessoas parecidas com ela. Passou por um bar com paredes cor-de-rosa, de onde ouvia Strokes e resolveu entrar.

Pegou uma cerveja e foi direto para aquela espécie de pista de dança onde as pessoas estavam. Dançou a noite inteira, se divertiu como nunca e conheceu Gustavo. Ele a viu entrando no bar e resolveu entrar também. Seguiu Carolina com os olhos a cada movimento que fazia, por horas. E quando percebeu que ela já estava com cara de quem queria ir embora, ele tomou coragem e elogiou o vermelho dos seus cabelos.

Carolina sorriu e ele disse que ela ficava mais linda ainda sorrindo. Ela gostou, sorriu de novo e conversaram bastante. Beberam mais umas cervejas juntos. Ele contou que tinha acabado de mudar para aquele bairro e que não conhecia ninguém. Ela ofereceu-se para apresentá-lo à cidade.

Saíram do bar e foram caminhando pelas ruas, juntos. Não perceberam quando deram as mãos e o primeiro beijo foi tão natural que ela só foi pensar no que tinha acontecido quando acordou com ele na sua cama. Aquela tinha sido a melhor noite da sua vida. E, talvez por isso, esteja com ele até hoje, 20 anos depois.


14.11.03

Fotografia 

Travis — Flowers in the window

"Esqueci completamente as horas, não sei se estou aqui desde ontem, desde sempre, desde que já choveu, já fez vento e garoa, que o amarelo das folhas sobre a calçada sobre a calçada é do outono passado, não deste, parece que já é inverno gelando a gente por dentro, que o verão pesa nas pálpebras tornando lentos os gestos, nessa preguiça no andar como se a cada instante a gente morresse..." (Fotografia - Caio Fernando Abreu.)

Depois que terminou com o namorado, Catarina tem medo do escuro. Não dorme mais com a porta do quarto trancada e nem apaga o abajur que fica ao lado da sua cama. Ela tem medo dos fantasmas que aparecem quando deita a cabeça no travesseiro e fica pensando durante aqueles minutos antes de pegar no sono. Ela tem medo de se lembrar de bons momentos.

Porque sente saudades de andar na rua de mãos dadas. Porque não lembra mais o que é um abraço apertado cheio de carinho. Porque quer recordar o sabor de um beijo na boca. Porque tem vontade de dividir o algodão doce, o milkshake de ovomaltine, o bic mac antes do cinema. Porque sente falta do abraço quentinho que substituía o cobertor nas noites mais frias. Porque espera um cartãozinho todo dia 16. Porque seu coração ainda pula quando o telefone toca. Porque desaprendeu como é que se vive sozinha.

Catarina tem medo do tempo, tem medo da vida, tem medo dela mesma. Tenta descobrir onde esqueceu a menina de olhos brilhantes e sorriso largo, sempre preenchido com uma música. E passa dias voltando ao passado para tentar se encontrar. Enquanto isso, esquece de viver o presente.

O que ela não sabe é que a Catarina alegre está presa lá dentro daquele porta-retratos, em cima do piano.


13.11.03

Meu filho nasceu!!! 

Placebo — Every you, every me

E ficou lindo, lindo... Fui buscar o relatório hoje e não é porque é meu, não, mas merece nota 10. Pelo visual, pelo conteúdo e por todas as horas que eu gastei pra que ele ficasse assim prontinho, bem melhor do que eu imaginava.

Mas dá licença agora que eu vou ali comemorar um pouquinho...


Será? 

Stone Temple Pilots — Still Remains

Fiquei sabendo ontem que existe uma teoria que afirma que se você não tem um noivo — ou pelo menos um namorado firme — quando sai da faculdade, fica muito mais difícil você encontrar um. Nunca tinha ouvido falar disso, mas acho melhor me prevenir.

Por via das dúvidas, ainda tenho uns dias pra tentar resolver esse problema...


12.11.03

Oooops... 

Maria Rita — Encontros e Despedidas

Acordei com o telefone gritando que nem um louco. Nem preciso repetir que isso me deixa irritadíssima, né? Pois então... Peguei o fone pra ver se ele ficava quieto e adivinhem? Era pra minha irmã! Ok, ok, vamos acordar de bom humor. Anotei o recado e dei uma enrolada na cama. Como não consegui dormir de novo, coloquei Maria Rita pra cantar e cantei junto. Dali um pouco minha avó me liga e eu peço que ela anote o telefone e diga pra minha irmã ligar. O problema é que eu esqueci de marcar o último algarismo do número. Só eu mesmo pra fazer essas coisas...


Louca 

Me deu uma vontade agora de comer pamonha...


11.11.03

O princípio do fim 

Oasis — Don't go away

Levei hoje meu relatório para encadernar. Fica pronto depois de amanhã e na sexta eu entrego. Aí é só esperar o dia 2 de dezembro chegar pra eu apresentar pra banca.

Me dá um alívio, tirei um peso enorme das costas. Mas ao mesmo tempo aparece uma saudade imensa só de pensar que no ano que vem não vai ter mais isso...


Coisinhas que me deixam profundamente irritada 

Nando Reis — Frases mais azuis

+ Gente chata
+ Pessoas mal-educadas ou com má vontade
+ Me achar feia nas fotos (em quase todas)
+ Perder/esquecer/estragar minhas coisas
+ Quando quebram/estragam/perdem coisas minhas
+ Quando pegam alguma coisa minha sem me avisar
+ Ser acordada bruscamente ou com luz forte nos olhos
+ Telefone tocando quando eu estou dormindo
+ Atender telefonema que não é pra mim
+ Quando ficam ligando ou insistindo se eu digo que é engano
+ Quebrar as unhas
+ Barulhos repetitivos
+ Cachorro latindo

+ Não poder ir ao show do Nando Reis daqui a pouco


10.11.03

Mínimos detalhes 

Preciso deixar essa mania de querer fazer tudo perfeito.

E de preferência até hoje à noite...


8.11.03

Reminiscências 

Placebo — Without you I'm nothing

Luiza não era dessas meninas sonhadoras, que esperam um dia encontrar o príncipe encantado ou entrar numa igreja vestida de branco com véu e grinalda ao som da Marcha Nupcial. Ela vivia o presente sem pensar muito no futuro. E foi assim até o dia em que conheceu Daniel numa festa à fantasia. Não trocaram uma palavra. Mas também não se esqueceram um do outro.
Assim passaram alguns dias e seus caminhos cruzaram-se novamente. Não resistiram e acabaram a noite juntos. Uma, duas, três... quando perceberam, não se desgrudavam mais.
Luiza começou a acreditar que príncipes existem e, de vez em quando, até se via dentro de um vestido de noiva ou se imaginava bem velhinha ao lado de Daniel. Ele só pensava em terminar a faculdade e viajar para fora do país.
Ela fazia planos para os dois e vivia em função do namorado. Ele ia dando um jeito de conciliar as aulas e trabalhos com as visitas da namorada.
Ela deixava de lado alguns programas com seus amigos só para poder estar com ele. Ele ficava sem vê-la para ir jogar bola ou assistir futebol na casa dos primos.
Ela chorava de saudades e implorava para que ele não demorasse muito para voltar. Ele prometia que viria logo, mas sempre acabava se esquecendo.
Luiza amava pelos dois. E o amor era tão forte que, para ela, bastava. Daniel ia levando, tentando entender porque aquela menina fazia tanto por ele.
O tempo passou e, dois anos depois, a brincadeira perdeu a graça.
Daniel resolveu que não queria mais ter que ficar fingindo que gostava daquelas coisas todas que Luiza escrevia para ele. Luiza descobriu o que é ter um coração partido.
Ele foi embora sem nem dizer adeus. E ela ficou esperando para saber o que estava acontecendo.
Ele esqueceu, nunca mais ligou. Ela tentava entender e não conseguia.
Até que um dia Luiza acordou e descobriu que tinha conseguido embrulhar tudo aquilo que estava no coração dela e escondido num canto. Não lembrava mais, não sentia mais, não queria mais.
Mas o coração apronta surpresas e, de repente, bateu a saudade de novo. E, apesar de fingir que sabe que não tem mais jeito, no fundo ela acredita que um dia ele ainda vai querer voltar.
Luiza continua esperando.
Daniel acabou de marcar sua viagem para a Alemanha.


7.11.03

I'm finally back 

Travis — Dear Diary

Pra começar, preciso dizer que a-d-o-r-o quando esse estagiário está aqui na sala de redação. Dá pra ver pela música aí em cima que a seleção dele é legal e não inclui Charlie Brown Jr. e afins no último volume, como os outros. Bom, voltando ao assunto do post, estou em casa de novo. Em termos, porque ainda não tive tempo de parar: cheguei e vim direto aqui pra faculdade e hoje vou ficar até conseguir terminar a minha capa do relatório. Ainda em meio à fundamentação do trabalho, mas com os jornais prontos e lindos, embrulhados num pacotão. É tanta coisa rodando na minha cabeça que nem sei o que escrever. Agora não tenho tempo, mas vou guardar as várias histórias que tenho pra contar e que (eu acho) terão que ser postadas em capítulos. Sexta que vem é o prazo máximo de entrega do TCC e a minha banca, por enquanto, está marcada para o dia 26. E eu preciso ganhar o prêmio excelência desse ano. P-R-E-C-I-S-O.

Só pra constar, começou a tocar Semisonic.


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