27.4.05

Muito mais que muito bom 

R.E.M. — I've been high

Se eu disser que o findie que passou foi muito bom vai ser mentira. Primeiro, porque um fim de semana que se alonga por quase sete dias não tem como não ser ótimo, principalmente quando se está em companhia de pessoas muito queridas e, depois, não dá pra reclamar da programação de dar inveja a qualquer um. Quarta foi dia de futebol (na quadra e na TV). Quinta teve ensaio da banda mais independente que eu conheço no estúdio e, depois, prova de figurinos e maquiagens para a grande festa de sábado. Kako e Vi chegaram na sexta, dia de pocket show dos Riverreids e churrascada com o Giba no comando. O sábado começou com um almoço no Alemão, a chegada do Doug e do Skitter — os cachorrinhos do Ti, montagem do palco e dos instrumentos e passagem de som antes da festa. Só a preparação já valeria a noite, mas ela só foi terminar as 6h30 da manhã, com uma das melhores festas: trilha sonora afudê do começo ao fim, as pessoas mais animadas do planeta, cuba-libre e simpachia. Além de ter sido recheada de momentos inesquecíveis como o show mais improvisado que eu já vi, o guitarrista mais lindo arrebentando uma corda da guitarra e tietagem com um set list autografado e foto com a banda — e um pirulitão de lembrancinha! Pra curar a ressaca, domingão com almoço árabe, futebol na TV, sorvete e o primeiro De volta para o futuro. E ainda sobrou tempo pro aniversariante abrir a caixinha misteriosa depois da meia-noite. Segunda foi dia de festa com um bolo de-li-ci-o-so (quem aqui está de dieta?) e ontem teve Los Hermanos antes da despedida e do frio. E eu espero não ter deixado nenhum detalhe de fora. Sei que eu disse que não ia reclamar, mas vou sim: não é justo com os outros finais de semana que apenas um seja assim tão bom!



21.4.05

Gatework: não caia nessa! 

Se você está desempregado, mandando currículos dia e noite, torcendo para que marquem entrevistas e esperando que alguma delas se transforme em contratação, guarde bem esse nome: Gatework. Alguém muito simpático consegue seus dados provavelmente por meio de algum site de vagas e te liga oferecendo o emprego dos seus sonhos com um salário maravilhoso, benefícios e tudo o que você sempre quis porque seu perfil corresponde exatamente ao que a empresa deseja, te enche de esperanças e marca uma entrevista para o dia seguinte. Você imprime um currículo, escolhe uma roupa adequada, se programa para a tal entrevista e nem desconfia do que te espera. Pessoas super bem vestidas, educadas e atenciosas te recebem em um escritório muito bem decorado na Avenida Paulista, fazem aquelas perguntas que você não agüenta mais responder, pedem que você faça uma redação sobre um tema ridículo para a tal análise grafológica e te encaminham para um exame psicológico. A única coisa que você precisa fazer para garantir os 95% de chances de contratação é deixar um "chequinho" ou passar um cartão de crédito para pagar o tal exame: mais de mil reais, a vista. Eu não nasci ontem e, como dizem, a gente desconfia quando a esmola é demais. Resolvi digitar Gatework no Google e cheguei ao site do Idec, onde encontrei, a tempo, várias denúncias e reclamações sobre o golpe. Não fui ao escritório no dia seguinte, mas infelizmente sei que muita gente continua caindo nessa história — espero poder alertar alguém com esse post. O que eu não entendo é como ninguém tomou alguma atitude legal de fechar essa máquina de dinheiro (e de estelionatários).



18.4.05

Resuminho do findie 

Stereophonics — Don't Let Me Down

O fim de semana começou com a notícia que eu preciso emagrecer apenas seis quilos e meio, mas até que acabou rápido, cheio só de folhinhas verdes, frutas e muita água — porque eu acho que é melhor tomar vergonha na cara antes que seja tarde demais. Finalmente conheci os futuros sogros da minha irmã num almoço familiar (onde eu era a única com uma cadeira vazia do lado), consegui arranjar e fazer os ajustes na roupa pra ir na festa da Maíra/show dos Riverreids e eliminei pelo menos um trabalho da minha frente. E, antes que eu comece a me reacostumar com a minha cama e meu travesseiro, já vou embora de novo. Terça é dia de pós e quarta eu já vou estar em Sorocaba — adivinhem por quê?



11.4.05

Wonkavício 

Wonkavision — Quando 16


O título do meu post já diz tudo: Wonkavision, o disco, é viciante. E a receita parece ser simples: letras que dialogam diretamente com os dilemas dos jovens de 20 e poucos anos, solos bonitinhos, refrões que não saem da cabeça e uma energia contagiante. A voz e a guitarra firme do Will, a leveza do moog da Manu, o charme do baixo da Gazi e a marcação empolgante da bateria do Kiko combinam harmoniosamente com os vocais fofinhos das meninas. Os nananas, ou ous, tchurus e uh-uhs ah-ahs dão um ar descontraído e despretencioso ao Power Pop misturado com Rock das faixas que não duram tanto para que a gente não enjoe das músicas nem muito pouco para que consigam nos conquistar. Surrealidade não falta nos arranjos originais que remetem ao início da carreira do Pato Fu (aliás, o disco foi produzido pelo John e gravado no estúdio da banda mineira), passam bem perto da influência cotidiana de Ludov e, porque não dizer, tomam emprestados alguns ingredientes dos tempos da Jovem Guarda. Mas, o que mais me agrada neste CD, são as composições do Will: verdadeiras fotografias do mundo adolescente que falam, entre outros temas, sobre paixão (A garota mais e Ei, não é por mal), insegurança (Nanana e Rejection Junkie), depressão (Comprimidos), TPM (Tente Por Mim), impulsos suicidas (O plano mudou) e futilidade (Aquele alguém). Sempre realçando a visão feminina dos fatos, ele parece entender do que está falando, pois qualquer leitora da Capricho poderia ter escrito versos como "Já pus o meu armário para o chão/ Sem encontrar qualquer solução/ Eu queria apenas te agradar" ou "Diga apenas coisas que façam eu me sentir bonita/ Fale baixo, hoje até sua respiração me irrita/ Fique longe, sem querer posso machucar você" — é impossível não se identificar! Para completar, a capa do encarte combina perfeitamente com o propósito do quarteto, que parece querer voltar à infância a bordo dos "disquinhos voadores". Eu já aceitei o convite para viajar junto com eles e torço para que essa viagem não termine tão logo.



10.4.05

Over and over again 

Pixies — Where is my mind?

Um fim de semana que começa com uma quase perda de sentidos por causa de duas cabeçadas violentas no banheiro não pode terminar bem, certo? Errado. Porque, apesar dos dois galos que cantam até agora na minha cabeça, não dá para dizer que o dia acaba mal quando ele termina com o meu amor e o Skank. Mesmo depois de um longo atraso, eles fizeram um show ótimo do início ao fim das quase duas horas que eu nem percebi passarem. O cenário era muito legal, com projeções de imagens, e o som também estava bom. Passeando pelo repertório de sucessos dos 14 anos de carreira, levantaram o público, que cantou junto em quase todas as músicas — mas eram poucos os que sabiam a letra de Sing, linda versão do Travis na voz e violão de Samuel Rosa. Ontem teve O Casamento de Romeu e Julieta no cinema e Adeus, Lenin! no DVD e hoje ainda vai dar pra aproveitar a companhia até mais tarde. Pena que amanhã começa tudo de novo...



7.4.05

E tudo tem "dois" lados... 

Keane — Sunshine

Keane tem uma música na novela, está tocando o tempo todo no rádio, a MTV já passou dois especiais e eles ganharam uma semana na Transamérica, com sorteio diário de kits com boné, camiseta e CD (acabei de ligar lá pra me cadastrar no sorteio! heh). O lado bom é que gente que nunca descobriria a banda (como a minha irmã) está ouvindo e gostando, o que pode significar uma passadinha pelo Brasil durante a turnê de shows. O lado ruim é que isso acaba esgotando uma música legal, a gente cansa de tanto ouvir e a banda acaba resumida a um só sucesso que todo mundo conhece. Eu prefiro continuar achando o som deles muito bom, curtindo do meu jeito e torcendo para que daqui a pouco eu veja anúncios de um show por aqui, apesar da divulgação excessiva. E você?



6.4.05

Mais é menos 

The Bens — Bruised

Pode parecer contraditório, mas, quanto mais eu estudo, menos eu sei; quanto mais eu aprendo, mais eu preciso aprender. Percebendo que existe muito mais do que posso imaginar a ser descoberto, me dou conta de como a minha visão de mundo é mínima. Estou começando a utilizar uma lente de aumento quando existem lunetas potentes, capazes de alcançar muito mais além. E, enquanto os professores falam, indicam bibliografias e abrem algumas portinhas na minha mente, eu vou entendendo o quão pequena eu ainda sou nesse mundo. Mesmo tendo que fazer mágica algumas vezes para acompanhar o raciocínio dos textos indicados, mesmo com tanto tempo dedicado às leituras e trabalhos; aprender e sentir que a minha cabeça está se abrindo a novas possibilidades é a minha maior satisfação. Mas chega uma hora em que eu tenho que entender que (ainda) não consigo ir mais além. E preciso reconhecer e assumir os meus limites — não posso querer ir à Lua sozinha se nem comecei a aprender a pilotar um avião, muito menos um foguete. Mas meu maior medo não é não conseguir aprender tudo, e sim perder a vontade de buscar e absorver sempre mais.



3.4.05

Salve o tricolor paulista... 

Podem falar o que quiserem, mas, finalmente, o meu São Paulo é campeão. Não entendo de futebol e nem vou discutir, mesmo porque o que importa pra mim são os gols e o troféu — o resto é assunto para as discussões filosóficas que eu quase sempre não consigo acompanhar.



1.4.05

1º de abril 

Thrills — Say it ain't so

Depois de algumas unhas quebradas e outras roídas, mais uma semana cheia de idas e vindas e caminhos tortos se acaba. Acabei perdendo a final do Big Brother, não assisti ao meu São Paulo quase ser campeão mas ver o sofrimento do Papa na TV me deixou bastante comovida — sinceramente acredito que deveriam rezar para que ele fosse embora logo, sem sofrer mais, em vez de continuar aqui nesse mundo tão feio (porque, se cada um seguisse um só bom exemplo dos tantos que ele deixou, não haveria mais gente querendo impedir que se dê comida a uma criança encharcada, com frio e faminta). Pra falar a verdade, acredito cada dia menos na capacidade das pessoas viverem suas vidas sem se preocuparem em atrapalhar a dos outros — e olha que nem falo mais em tentar fazer com que ela seja um pouquinho melhor. Pois é, cada um sabe do que faz, com a certeza de que vai colher os frutos que plantou, sejam eles bons ou ruins. E eu só queria que o dia hoje fizesse com que algumas notícias fossem de mentirinha porque às vezes eu canso dessa brincadeira de esperar, esperar e esperar por nada. De qualquer forma, a vida anda e eu estou tentando correr atrás dela. E que venham mais "dias primeiros" sempre me trazendo motivos para comemorar.



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