26.11.04

Nando Reis e os Infernais 

Nando Reis e os Infernais — Quase que dezoito

Tentei usar da ética que aprendi na faculdade pra escrever um texto isento e imparcial, mas acho que não vai ter jeito. E, já que preciso falar sobre o presente que eu mais gostei de ganhar, este é o melhor DVD que já vi e tenho certeza de que vai ser difícil algum outro roubar esse título do Nando Reis e seu MTV ao vivo. É incrível como ele e sua música conseguem realmente mexer comigo, tanto que as pessoas que me vêem assistindo ao show dizem que fico estranha. É que, quando aperto o play, viajo pra dentro da TV e sinto cada melodia como se estivesse ali na platéia, tenho vontade de cantar junto como se estivesse ali no Bar Opinião. E as 21 músicas (das quais apenas três não são do Nando) acabam tão rápido que dá vontade de assistir de novo. Da fase do Titãs, ficaram Os Cegos do Castelo, Marvin, O mundo é bão, Sebastião e Não vou me adaptar (do Arnaldo Antunes). Alguns sucessos gravados por Cássia Eller também foram lembrados (O Segundo Sol, Luz dos Olhos, No Recreio, Relicário e All Star) e o hit Do seu lado, que conquistou as paradas com a banda Jota Quest não ficou de fora. Além disso, Nando regravou Sangue Latino, sucesso dos Secos e Molhados; My Pledge of Love, do The Joe Jeffrey Group e que já havia sido gravada por ele em Infernal e um trecho de Fogo e Paixão, o maior hit do cantor brega Wando. E o DVD traz ainda quatro músicas novas: Mantra, a baladinha meio riponga que tem a participação de um grupo musical hare-krishna e que faz parte da trilha sonora da novela das 7; Quase que dezoito, com uma letra bonitinha e refrão fácil de cantar; Por onde andei, composição indiscutivelmente do Nando Reis com todas as características de suas poesias e Pomar, que tem a participação dos gaúchos da Ultramen e que eu achei meio chatinha. Ficaram faltando algumas canções como Dentro do mesmo time, A letra A, Resposta, Frases mais azuis, Eu e ela e Onde você mora?, mas nem por isso o show deixa de ser um dos melhores que eu já vi. Agora só falta assistí-lo ao vivo.



23.11.04

Brinquedo novo 

The Flinstones Theme

Sabe criança que acabou de ganhar presente e não larga nem pra tomar banho? Estou assim com o violão desde que inventei de tocar. Meus dedinhos não estão mais tão vermelhos como ficaram, mas ainda dóem e o pessoal aqui em casa já está começando a reclamar de tanto que eu toco as mesmas músicas o tempo todo. E estou tão boba com essa história, que já comecei a pensar no setlist da minha pseudo-banda — se o Randall pode, eu também posso. E, no meio disso tudo, eu já nem sei mais o que é real e o que faz parte da minha imaginação...



Mamãe Noel 

Nando Reis — O mundo é bão, Sebastião

Foi só eu parar quieta aqui no meu canto que voltaram a idéia e a vontade de virar Mamãe Noel por um dia e distribuir sorrisos junto de presentinhos para as crianças da creche. Acho que estou precisando disso, fazer bem e me sentir um pouquinho útil — porque pra alguma coisa eu tenho que servir. Sei que sozinha não vou conseguir nada, mas estou pensando em algumas formas de encontrar quem se interesse em colaborar e, enfim, fazer algo de bom nesse ano que foi meio largado às moscas. Preciso é me mexer logo porque um mês passa voando!



21.11.04

Back from reality 

The Wonders — That thing you do

Faz bem, de vez em quando, tirar umas férias desse mundo virtual e dar mais atenção à vida real. Viver pode ser tão bom e a gente às vezes se esquece disso. Foram uns 700 quilômetros rodados em 11 dias, festas, muitos filmes e a vontade enorme que chega sempre junto com o ônibus de não largar mais o abraço. Mas o mais legal é que voltei com novidades: posso assistir ao show do Nando Reis quando quiser [depois escrevo mais sobre isso] e comecei aprender a tocar baixo — já consigo arranhar Come as you are e Breed do Nirvana, mas descobri que meus dedos são muito sensíveis para as cordas grossas do violão. De qualquer forma, não vou desistir. Quem sabe agora a The Lolly Puppets não sai do papel?



10.11.04

Umbiguismo 

Radiohead — Where I end and you begin

Bush reeleito; Arafat quase morrendo; mais gente sendo morta em Bagdá; dívidas enormes da capital, do estado e do país; prefeito sendo preso por desviar dinheiro; MST tomando terras e sem-tetos invadindo prédios e provocando mais violência; gasolina aumentando; granada explodindo em hospital; mais áreas contaminadas por resíduos tóxicos em São Paulo; lixo por todos os lados; milhares de pessoas morando na rua e outras tantas morrendo de fome e até mesmo a Angélica fazendo topless. Com tanta coisa acontecendo no mundo, é incrível que ainda exista gente que consegue enxergar apenas o seu reflexo no espelho. E, pior, se contenta com isso. Preferem se prender ao pouco que existe ali dentro em vez de olhar para fora e tentar aprender com tudo que está em volta, crescer, melhorar. E colaborar com pequenos atos que, junto com o das outras pessoas, fazem MUITA diferença: não jogar lixo no chão; ter um pouquinho mais de paciência e boa-vontade; dar um sorriso; ajudar alguém que precisa de um ouvido que o ouça, uma palavra que o conforte ou uma peça de roupa usada que está esquecida no armário. É por isso que esse mundo anda tão maluco assim. Se um terço das pessoas percebesse que existe gente como elas em sua volta, tenho certeza de que muita coisa seria diferente. E melhor: menos orgulho, menos discussões ridículas, menos fome e desgraça, menos corrupção, menos violência, menos guerra. Menos infelicidade. Simples assim, complicado assim. E eu escrevo esses pensamentos que sempre visitam minha cabeça acreditando que alguém vai ler e também vai parar para pensar sobre isso.



9.11.04

Porque a vida é feita de escolhas
[nem sempre fáceis] 

Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

[Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles]


8.11.04

E o celular toca às 5h20 da manhã: 

— Humahmloom...
— Quem tá falando?
— Com quem você quer falar?
— Com a Lívia.
— Não tem nenhuma Lívia aqui, é engano.
— Eu sei, só queria que você me fizesse um favor.
— Ahhmm?
— Será que você não podia procurar na lista telefônica o telefone da Lívia não sei do que pra mim? Ela mora na rua tal...
— Não são nem 5 e meia da manhã e a senhora me acorda pra me pedir pra procurar telefone na lista?
— É que eu preciso falar com a Lívia e estou sem o número.
— Sinto muito. Por favor, desiste e me deixa dormir?
— Desculpa, então. Vou tentar ligar pra outra pessoa. Obrigada.
— *%@&#($)!(@*&$¨$%%!


5.11.04

Quem foi que inventou que a gente tem de fazer essas coisas? 

Los Hermanos — Sentimental

Sabe, às vezes eu acho que não sirvo pra viver em sociedade, uma vez que abomino essa história de manter as aparências para não provocar atritos. Por mim, eu deixava de fazer social só pra parecer uma pessoa simpática com gente que não merece nem uma vírgula da minha simpatia. Mas se é pra evitar mais problemas e tentar conviver em paz com pessoas que, de alguma forma, ainda não posso me distanciar, vamos lá colocar uma roupa mais arrumadinha e um sorrisinho no rosto pra fingir que estou adorando a festa e ir embora logo por causa de um compromisso. É, coisas da vida.



4.11.04

Mar de ressaca* 

Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu a um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fingir nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora e aqui dentro, sempre
Como uma onda no mar


* Segundo o Guia dos Curiosos, a ressaca é uma elevação do nível do mar em relação aos períodos sem tempestade e tem a presença de ondas maiores do que as de costume.


3.11.04

Porque que é que tem que ser assim? 

Adriana Calcanhoto — Fico assim sem você

Cinco dias foram embora num flash e agora eu fico aqui pensando em como seria bom se todos os outros 360 fossem tão gostosos quanto esses foram. Tão simplesmente bons. Recheados de coisas simples como beijo de bom dia e boa noite; café da manhã, almoço e jantar juntos; aula particular de poker; brinde com pirulito pra comorar os 3 meses; sair, beber um pouquinho e dar muita risada juntos; estudar Química e Física pra prova de recuperação e dar beijinhos para cada exercício certo; procurar farmácia aberta e comprar pastilha pra dor de garganta; ouvir o CD com as nossas músicas e relembrar de cada momento; discutir idéias para histórias e possíveis livros; overdose de beijos, abraços e carinho; o DVD do Ben Folds antes de dormir para vir embora. E é tudo tão maravilhoso... mas o relógio anda rápido demais e acaba logo com o tempo que a gente tem. E aí o que nos resta é esperar pelo próximo fim-de-semana colorido e torcer para que ele seja tão especial quanto esse — porque eu duvido que possa ser ainda melhor.

Tô louca pra te ver chegar,
tô louca pra te ter nas mãos,
deitar no teu abraço,
retomar o pedaço
que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
e a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ter
Mas o relógio tá de mal comigo, por quê? (...)

Porque que é que tem que ser assim
se o meu desejo não tem fim?
Eu te quero a todo instante,
nem mil auto-falantes
vão poder falar por mim



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