31.8.04

O Sorriso de Mona Lisa 

Nirvana — Smells like teen spirit

Eu sempre gostei muito de pensar. Mas prefiro, sem dúvida alguma, quando penso sobre algo útil. Por isso gosto bastante de coisas — filmes, livros, músicas, conversas, palestras, aulas — que mexem comigo, que entram lá dentro e fazem uma baguncinha boa pra eu arrumar. E esse filme conseguiu me deixar assim, com vontade de refletir, questionar, debater, ouvir outras opiniões sobre o assunto. Porque, como diz minha mãe, eu já nasci assim com vontade de mudar o mundo de acordo com o que eu penso e acredito. Porque não sei de onde vem essa certeza de que posso fazer alguma coisa pra ajudar a desfazer alguns pré-conceitos e derrubar outras tantas convenções. Acabei me reconhecendo um pouquinho em cada personagem e é engraçado como certas questões aparecem pra mim nos momentos certos. E a minha paixão por História da Arte está batendo cada vez mais forte aqui dentro... e é isso o que me faz sentir viva.



É bom as vezes se perder sem ter porquê, sem ter razão. É um dom saber envaidecer por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor também pra que minha vida siga adiante...
["Adeus Você", Marcelo Camelo]



30.8.04

"It seems to me now that the plain state of being human is dramatic enough for anyone; you don´t need to be a heroin addict or a performance poet to experience extremity. You just have to love someone."
[Nick Hornby, in "How to be good"]



27.8.04

Keep walking 

Velvet Underground — Romeo had Juliette

Fui dormir ontem ouvindo Counting Crows e tive uns sonhos muito muito estranhos. Mas nem isso e nem ter acordado com Aerosmith cantando Crazy no último volume vão estragar meu dia. É mais uma semana que termina e o ano vai voando sem que eu me dê conta. Daqui a pouco é Natal e o que eu fiz de bom em 2004? Quase nada, infelizmente. Mesmo assim, não vou desistir tão facilmente e jogar a toalha. Confesso que já pensei em mudar meus planos, mas o que eu posso fazer se nasci assim tão teimosa? Então vou enfrentando os tombos e as puxadas de tapete com a cabeça levantada, sempre correndo atrás de uma próxima chance. E cadê setembro que não vem logo com seus feriados prolongados e uma promessa de dias coloridos? Como bem dizem, é melhor deixar que o leite ferva sem ficar vigiando a leiteira...



26.8.04

Alternativa 

Se essa história de virar jornalista de verdade não der certo, já tenho uma carreira alternativa: chef de cozinha. Hoje, no almoço, preparei um Frango com Laranja (com direito a queimadura na mão), acompanhado de batatas cozidas e um arrozinho de microondas. E não é que ficou uma delícia? Minha mãe comeu tanto que me proibiu de fazer de novo... Acho que a receita foi aprovada!



25.8.04

Figa 

Ira! — Eu quero sempre mais

E é quando a gente menos espera que aparece no meio do caminho uma bifurcação que pode nos levar a algum lugar. Dedinhos cruzados para que uma boa notícia chegue logo por aqui.



24.8.04

Eu quero sempre mais 

A minha vida eu preciso mudar todo dia
Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos
Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei
Eu quero sempre mais, eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais de Ti
Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim
Longe de mim.

[Edgar Scandurra]

Nunca gostei muito de Ira!, mas de vez em quando descubro uma música ou outra que mexe comigo e aí eu fico viciada. Essa aí de cima apareceu quando resolvi ouvir o acústico e ela acabou me pegando de jeito. Amo quando uma música consegue me ler e me traduzir, por isso o CD está quase furando de tanto que o repeat volta pra essa faixa. Ando meio melancólica demais pro meu gosto, tenho reclamado da vida muito constantemente e acho que não posso continuar assim porque esse clima pesado está me consumindo e me atrapalhando. Estou me cansando de insistir e lutar pelos meus sonhos. Essa história de sonhar e ver uma realidade que não é como eu queria tem batido forte por aqui e já não estou mais dando conta do recado. Não sei de onde surge tanto sono e tanta dor de cabeça que não passam de jeito nenhum. Estou me sentindo inútil com tanto tempo livre e quase nenhuma responsabilidade, nada com o que me preocupar de verdade, nada que me faça acordar empolgada e com a cabeça fervilhando de idéias como há um ano quando eu mal dormia pra terminar meu TCC. E existe tanta saudade por aqui também... e pra ajudar, essa TPM que não resolve ir embora logo. Já superei a fase de brigar com todo mundo e agora estou quase chorando por qualquer coisinha. Mulher é mesmo um bicho muito estranho. E eu acho que consigo ser a mais complicada de todas.



Eu era bem melhor
mas tudo deu um nó
e a vida se perdeu...



20.8.04

Bomba-relógio 

Às vezes você abre a boca e fala a primeira coisa que aparece na sua cabeça. Fala assim, sem pensar antes e depois esquece. Mas quem ouve, pode não esquecer. Quem ouviu, pode ter ficado magoado. Aí não vai conseguir esquecer tão rápido e as suas palavras "sem importância" podem ficar martelando na cabeça do seu interlocutor e dar origem a inúmeros pensamentos, dúvidas e inseguranças. É clichê essa história de pensar antes de falar ou de não fazer aos outros o que a gente não quer que façam pra gente. Mas é verdade. Porque aquelas palavras entraram aqui dentro e eu sei que, se não der um jeito de neutralizá-las e mandá-las embora logo, elas podem causar um estrago legal, mandando tudo embora. Às vezes, uma frase boba pode virar uma bomba na contagem regressiva para explodir, esperando que alguém venha para desarmá-la. Por isso, lembre-se de desarmar as bombinhas que você anda deixando por aí. Você não tem noção de como isso pode ajudar alguém.



19.8.04

Desorientada 

Los Hermanos — O pouco que sobrou

Então hoje eu acordei e está tudo assim meio estranho. Apareceu aqui uma sensação de que não estou no lugar certo, tenho a impressão de que estou fazendo tudo errado e tenho tomado decisões sem pensar direito. Agora me sinto perdida, sem saber direito o que fazer, para onde ir. Esse medo parece que me persegue. E tem um tantão de insegurança me incomodando também. Onde está a luz que sempre aparece no fim do túnel?



18.8.04

Eu não sei mais ser sozinha 

Los Hermanos — Esquadros

Sempre gostei de ficar sozinha em casa. Isso me dava uma certa sensação de liberdade legal. Eu podia fazer o que quisesse, podia ouvir as minhas músicas no volume que eu gosto, não tinha que comer o que meus pais escolhessem, podia fazer as coisas do meu jeito sem me preocupar com ninguém enchendo o saco ou dando palpite. Ontem, fui dar minha aula de manhã e quando voltei meus pais tinham ido pra Sampa, minha irmã estava trabalhando. Então eu fiquei aqui, abandonada nessa casa tão grande só pra mim. Comecei lendo o jornal. Aí almocei uma salada de frutas só com maçã e suco de laranja de caixinha, coloquei a coletânea dos Los Hermanos que eu gravei pra tocar bem alto na sala e fiquei um pouco ali só ouvindo por um tempo. Preparei mais umas aulas, corrigi uns exercícios, reli um livrinho que vou dar pra minha aluna ler e anotei umas perguntas pra ela responder depois. Dei uma folheada na Veja dessa semana, tentei assistir TV, mas acabei desistindo. Liguei o computador, mas cansei logo do ICQ e a conexão também não ajudou. Interurbano é caro, ainda mais à tarde, então não deu pra ficar muito tempo no telefone. Comecei a ficar sem saber o que fazer. Fiz um sanduíche, li um pouco e acabei cochilando. Quando acordei, me vi deitada no sofá, na sala escura, torcendo para que alguém chegasse logo para me fazer companhia. Será que eu nunca mais vou ter vontade de morar sozinha?



17.8.04

Isso já está virando novela 

Los Hermanos — Tá Bom

Tentei mas não consegui: "O Apanhador" voltou mais uma vez pra estante sem ser lido. Tudo culpa do "How to be good" que voltou comigo de Sorocaba e já está sendo devorado. Mas agosto ainda não acabou...



16.8.04

Sonho é destino 

Los Hermanos — Deixa o verão

O que dizer quando quase tudo já foi dito? Eu prefiro repetir a frase que o Amarante disse ao deixar o palco, na madrugada perfeita do findie histórico: "Nunca deixe de sonhar porque sonho é destino". Porque nada disso teria acontecido se um dia eu não tivesse sonhado em ir a esse show dos quase barbudos — agora que o Camelo também resolveu desenferrujar sua gilete. Porque se eu não tivesse acreditado nesse sonho de passar três dias na companhia de pessoas especiais, eu hoje não estaria aqui já com saudades de tudo e de todos e pensando em uma próxima vez. Mesmo tendo sido bem curto, o show dos Hermanos foi ótimo — faltou "De onde vem a calma" e "Conversa de Botas Batidas" mas teve "Quem Sabe", "A Flor" e "Sentimental". Os caras são muito simpáticos em cima do palco (só o Bruno que é meio quietão, mas esse é o jeito dele mesmo) e você fica com a impressão de que eles são amigos da galera. Mas acabou tudo muito rapidinho — ou será que foi impressão minha? — e vieram então os Paralamas. Infelizmente fiquei bastante decepcionada com o Herbert Vianna. Ele escreve umas letras que me matam de tão lindas, mas aquela história de ficar batendo na mesma tecla com o discurso da cadeira de rodas entre todas as músicas é muito chato. E parecia que aquele "festival naftalina" com os hits da carreira inteira da banda não ia acabar nunca — teve uma hora em que eu pensei que eles fossem amanhecer ali em cima daquele palco. Acho que o melhor momento do show foi quando o Amarante voltou para cantar "Romance Ideal" e dançar mais um pouco daquela sua dancinha esquisita. Apesar dos desencontros, do frio e dos imprevistos, a noite acabou muito melhor na Casa Mais Divertida, com as pessoas e o papo mais divertidos. O sonho foi prolongado em uma noite a mais mas, enfim, acabou com algumas horas de estrada. Estou em casa de novo; daqui a pouco vou dormir aqui na minha cama, abraçando o Gown e torcendo pra que sonhos bons assim se repitam cada vez mais. Porque, afinal, "sonho é destino".



encontros e despedidas 

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar

Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida...
[M. Nascimento e F. Brant]



12.8.04

Põe mais um na mesa de jantar
porque hoje eu vou pra aí te ver...


Porque o findie vai ser bom, com direito a namorado, a-mi-gos e um super show. E porque nunca é demais alguns dias coloridos entre tantos em preto e branco.


11.8.04

To be or not to be a teacher — that's the question 

Ben Folds — Still fighting it

Eu amo preparar aulas, inventar exercícios, montar provas e corrigí-las. Quando os alunos colaboram e estão afim de prestar atenção, eu adoro ensinar mesmo que para isso seja necessário explicar a matéria de mil formas diferentes ou repetir repetir repetir até que aprendam. Mas se eu realmente quisesse fazer disso minha profissão e, assim, depender das minhas aulas (e não encará-las como uma alternativa ou até mesmo uma atividade que me dá prazer, além de ajudar com uma graninha todo mês), teria feito faculdade de Letras, teria prestado (e passado, I know) o concurso e estaria empregada e feliz agora. Gosto muito de ser professora, de ser tratada como tal e até das encheções de saco que aparecem vez ou outra. Só que sei que não agüentaria isso por muito tempo — mesmo porque hoje ninguém valoriza uma aula bem preparada e só pensa em pagar menos pelo curso. O problema é que estou começando a cansar dessa cobrança e dessa pressão toda pra que eu pegue aulas em outras escolas, preencha meus horários livres com alguma coisa que me dê dinheiro mesmo que isso faça com que me sinta incapaz de fazer o que realmente gosto e estudei para fazer. Não é isso o que eu quero pra mim. Mas ao mesmo tempo estou percebendo que a vida não é tão legal assim com a gente e não nos dá muitas escolhas. O meu medo é acabar deixando pra trás todos os meus objetivos, meus planos e projetos. Eu queria muito que conseguissem me entender. Infelizmente, acho que essa é a parte mais difícil. Às vezes eu me sinto tão sozinha que chego a pensar que nunca vou conseguir sair dessa areia movediça que me engole um pouquinho mais a cada dia... Everybody knows it sucks to grow up.



10.8.04

Qual é o caminho? 

"O tempo passa em momentos. Momentos que passam avassaladores definem o caminho de nossas vidas, bem como certamente nos conduzem para um fim. Quão raramente nós paramos para examinar esse caminho. Para ver as razões porque tudo acontece. Para considerar se o caminho que nós pegamos na vida é feito por nós mesmos ou se é simplesmente um no qual somos jogados com olhos fechados. Mas e se pudéssemos parar? Parar para observar cada momento precioso antes que ele passe? Poderíamos então ver a encruzilhada sem fim na rua que molda nossas vidas? E vendo estas escolhas... escolheríamos outro caminho?"
[Danna Scully, in "All things"]



Tu és divina e graciosa... 

Pavement — Cut your hair

Dizem que a mulher é um ser especial, que nasce com uma ternura e uma beleza incomparáveis. Eu digo que essa graça toda vem é de muito sacrifício e de horas e horas de dedicação — isso sem contar o dinheiro que a gente gasta. E olha que eu não estou nem falando dessas coisas milagrosas que "acabam" com a celulite e fazem estrias e rugas desaparecerem (eu até ligo pra isso mas, ah... que preguiça!). Estou falando dos cuidados femininos básicos como cabelo, unha, depilação, limpeza de pele, creminhos e mais creminhos... Tá bom, eu confesso que sou um tanto quanto relapsa para os cremes, mas o resto não dá pra esquecer. E hoje é dia de encarar os 40 minutos de cabeça cheia de creme pra deixar os cabelos todos bem vermelhinhos. Porque essas coisas enchem o saco mas eu adoro quando vejo o resultado.



8.8.04

Vida louca — mas, ainda assim, vida 

Travis — Flowers in the window

Há dois anos (a diferença deve ser de poucos dias), eu acordei feliz para ir repor umas das minhas aulas num sábado meio ensoladado e meio frio como o de hoje. Tomei meu banho, um copo de leite com toddy, peguei o carro da minha mãe e cheguei, quase atrasada, na escola. Dei a primeira aula. Dei a segunda. No meio da terceira, a secretária entrou na sala com um moço. Ele tinha uma arma em uma das mãos e anunciou o assalto. Ficamos (a secretária, minha aluna, a mãe de um aluno que tinha ido pagar a mensalidade, uma outra professora e os alunos dela) presos lá com ele por mais de duas horas. Passei muito medo, senti o geladinho do revólver na minha cabeça, cheguei a pensar que seria seqüestrada. A polícia foi chamada e chegou de sirenes ligadas e cantando os pneus; o cara ouviu o barulho e fugiu pelo telhado com uns 50 reais e algumas (poucas) coisas nossas. Passamos aquela tarde na delegacia e outras tantas rodando pelos DPs da cidade para ver fotos horríveis e tentar, em vão, reconhecer o ladrão. Ele não foi encontrado. E eu nunca mais esqueci essa história. Aí essa semana um aluno marcou reposição de uma aula para hoje, primeiro sábado de agosto. E eu acordei com a lembrança desse dia na cabeça. Tomei banho, bebi meu leite, peguei o carro e cheguei quase atrasada com medo de que tudo se repetisse. Pensei em dar a volta no quarteirão, voltar pra casa e ligar com uma desculpa qualquer. Mas resolvi ser mais forte que meu medo. E fiquei esperando, com o coração acelerado e pulando cada vez que alguém abria a porta ou tocava a campainha, meu aluno chegar mais de uma hora atrasado. Depois dei a aula com a porta da sala bem aberta e o prestando mais atenção no que estavam conversando na recepção do que no que eu estava ensinando. Foram os 90 minutos mais longos da minha vida, mas parece que o trauma maior passou — na marra. E agora eu não consigo parar de pensar em como esse mundo é louco e as pessoas são mais loucas ainda. E eu acho que grande parte dessa loucura vem do dinheiro (ou da falta dele). Ninguém mais tem tempo de viver, de amar, de prestar atenção em quem está do seu lado. As pessoas só pensam nelas mesmas e em levar vantagem em tudo. Aí vem o ódio, a ganância, a ambição ruim. Vem também os desentendimentos, a solidão, a carência. Um exemplo desse egoísmo feio que nasce do individualismo é aquele garoto que estava lá no programa do Cazé enquanto eu comia o meu sanduíche. Eles discutiam sobre a preservação dos recursos naturais da Terra e ele falava que não economizava água nem luz elétrica porque na casa dele nunca tinha faltado nenhuma das duas. E teimava que estava certo porque ele pagava pelas contas e, por isso, tinha o direito de gastar o quanto quisesse. Quando vejo coisas como essas é que acho que a diferente sou eu, que quero salvar o mundo sozinha. Porque amo tanto tudo o que está em volta de mim que por isso me apaixono todos os dias. Pela lua, pelas estrelas, pelo céu azulzinho, pela chuva, pelas flores que colorem o meu caminho, pelas árvores, pelos passarinhos, pelas pessoas. Hoje me apaixonei por um casal de velhinhos. Por aquelas duas cabeças bem branquinhas que atravessaram a rua na frente do carro quando o farol abriu. Eu poderia ter buzinado, como fizeram os outros motoristas que esperavam atrás de mim. Poderia ter xingado, jogado o carro em cima deles. Mas fiquei ali observando como o tempo deixa as pessoas delicadas e tão frágeis como casca de ovo. Um se apoiava no outro com cuidado para que ninguém se machucasse. E eu enxerguei o carinho com que ele a segurava pela mão. Sabe aquelas cenas de filme em que tudo em volta pára e fica preto e branco e só existe um fragmento da cena que continua colorido? Para mim, aqueles poucos minutos foram mágicos. E são essas pequenas coisas coloridas em meio a tanto preto e branco que me fazem continuar acreditando que vale a pena viver. Apesar de tudo. There it's time to plant new seeds and watch them grow, so there'll be flowers in the window when we go...



6.8.04

Lula envia ao Congresso projeto do Conselho Federal 

O presidente Luís Inácio Lula da Silva assinou, na tarde ontem, a mensagem que encaminha ao Congresso Nacional o projeto de lei que cria os Conselhos Federal e Regionais de Jornalismo. O projeto está publicado no Diário Oficial de hoje. No primeiro de seus 19 artigos ele define que o CFJ e os CRJs "têm como atribuição orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de jornalista e da atividade de jornalismo, zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem assim pugnar pelo direito à livre informação plural e pelo aperfeiçoamento do jornalismo".

O anúncio da assinatura e do envio da mensagem foi feito pelo Secretário de Imprensa da Presidência da República, Ricardo Kotscho, durante a abertura do 31º Congresso Nacional dos Jornalistas, promovido em João Pessoa pela FENAJ em parceria com o Sindicato dos Jornalistas da Paraíba.

A presidente da FENAJ, Beth Costa, disse que é uma vitória da luta liderada pela FENAJ e pelos sindicatos filiados, em defesa da regulamentação da profissão e da prática do jornalismo ético e responsável. Beth Costa alertou que essa vitória não encerra a luta, pois agora "precisamos de um movimento nacional de todos os jornalistas para pressionar os parlamentares para que o projeto possa ser rapidamente aprovado sem emendas". Ela também ressalta que esta não é uma luta corporativa, pois os Conselhos vão atuar em defesa da sociedade ao disciplinar e fiscalizar a prática do jornalismo.
[Fonte: www.fenaj.org.br]

Tomara que não enrolem tanto para votar e aprovem a lei logo. Porque alguém precisa dar um jeito nessa bagunça que é a nossa profissão — e eu espero que esses Conselhos façam a parte deles e não venham pra atrapalhar mais ainda.



5.8.04

Saco de pancadas 

Feeder — Just a day

Poderia reclamar das nove aulas que eu vou perder nesse mês (e de todas as outras dos próximos) por causa de uma birrinha boba de uma aluna imatura que brinca de trocar de professor a cada dois meses. Poderia falar que faz mais de um mês que eu estou pagando a mensalidade da Catho e, apesar de já ter enviado mais de 125 currículos, ainda não recebi nenhuma resposta. Mas hoje eu vou falar da Shiva Elohin (ou sei lá como escreve o nome dela), a cachorrinha fresca da minha irmã não menos fresca. Ela é até bonitinha, uma poodle cinza pequena e toda charmosa. Só que é muito, muuuuito chata: só sabe latir e encher o saco. Mesmo assim, a gente (eu e ela) consegue conviver bem, não temos muitos desentendimentos — ela lá e eu aqui. O problema é que agora ela deu pra pegar os poucos bichinhos de pelúcia que sobraram no meu quarto e, pior, resolveu seqüestrar O MEU GOWN! (Pra quem não sabe, o Gown é um elefantinho que eu ganhei da minha avó e que dorme comigo todos os dias. Ou dormia, quando ela o deixava descansando na minha cama.) Se eu já não gostava daquela cadela, agora então eu não posso vê-la pela frente que já me dá uma vontade de dar uma bica e jogá-la longe — quem sabe assim eu também descontava as aulas perdidas e a falta de respostas sobre os currículos. Coitada, acaba levando a culpa por tudo... mas é que eu preciso de um saco de pancadas pra descarregar as energias negativas. Ninguém mandou ela se candidatar ao cargo!



3.8.04

Anônimos famosos 

Coldplay — I'll see you soon

E então eu estava aqui engolindo sem nem perceber uma garrafinha inteira desses sucos que meu pai me trouxe, navegando e pensando em como é engraçado isso de conhecer pessoas pela internet. Perdi as contas de quantos amigos de verdade surgiram dessa brincadeira chamada blog e de quantas outras pessoas eu acabei descobrindo por meio da rede. Comecei a pensar nisso porque me lembrei que domingo, lá na prova pro Curso do Estadão, vi uma menina que conheço do fotolog e que nem sonha que eu existo. Acho isso meio assustador porque sei que tem gente que vem até aqui e eu nem imagino, que deve também entrar no meu fotolog e ver minhas fotos e, se me vir na rua, vai me reconhecer. Não que isso seja ruim, mas deve ser meio estranho. De qualquer forma, se você algum dia me encontrar por aí, pode me cumprimentar e falar "Olha, eu leio o seu blog!" que eu vou ficar feliz em te conhecer também — desde que você não seja um seqüestrador ou maníaco, como minha mãe sempre fala. Porque eu quase fui falar com a tal menina mas fiquei com medo, não sei de que. Talvez medo dela achar que eu seja uma maluca, vai saber...



2.8.04

Meta 

Gomez — Getting Better

Agora é uma questão de honra. Preciso terminar de ler "O Apanhador no Campo de Centeio" até o fim do mês. Mesmo com aquela tonelada de ou qualquer coisa que o valha e todas aquelas gírias com prazo de validade vencido e que me irritam profundamente. É que eu não posso ter um livro não-lido na minha estante e acho que ele já ficou lá tempo demais esperando a minha boa vontade. Ainda faço questão de ler o original, em inglês, mas isso fica pra depois — quando eu conseguir um exemplar com preço acessível — senão aí é que eu não leio mesmo a tradução.



1.8.04

You've already won me over 

Alanis Morissette — Head over feet

Existem pessoas e pessoas. Algumas surgem do nada na sua vida e vão embora antes mesmo que você as perceba. Outras chegam de repente e resolvem se instalar entre os seus pensamentos e decidem que vão ficar. A grande maioria das que passam pela minha vida fazem parte do primeiro tipo, as que não fazem questão de me ter por perto. Poucas puxam a cadeira e aceitam o convite pra uma tarde de papo-furado ou umas cervejas. Quase exceção são as que vêm com uma mala cheia de roupas pra ficar a semana inteirinha e deixam saudades já no minuto seguinte em que partem. E hoje foi dia de despedida no metrô e uma vontade enorme de voltar para trás a cada passo dado, cada degrau subido. Tudo culpa dele, que entrou sem bater e já avisou pra quem quisesse ouvir que não vai embora tão logo. Tudo culpa dele que me faz sorrir, que me deixa boba, que me faz acreditar que vale a pena tentar. Tudo culpa dele que me enche de carinho, de beijinhos e me trata como uma princesa. Tudo culpa dele que conquista todo mundo que está por perto. Tudo culpa dele que está me ensinando que a gente tem que dar valor pra quem quer te ver bem, quem gosta de você. Tudo culpa dele que espero que esteja tão feliz como eu estou. I couldn't help it, it's all your fault...



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